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segunda-feira, 15 de setembro de 2014

ESCOLA GASPAR VIANA - Comunidade se encanta e assiste apresentações artísticas dos estudantes

Alunas do terceiro ano médio, Juliana, Nathalia e Maria Larissa efetuaram
diferentes participações para o público no Gaspar Viana



Jovens deixaram mensagem de respeito a diversidade social






































Pagode também rendeu uma paródia
A manhã do último sábado (13) reservou um espetáculo de arte para a comunidade em torno da Escola Estadual de Ensino Médio Gaspar Viana, situada na Folha 16. Professores e estudantes realizaram um sarau poético intitulado “Pacto pela educação do Gaspar Vianna: educação, arte e poesia”, em que diversas apresentações envolvendo literatura, dança, teatro e música, encantaram os visitantes.
O conteúdo trabalhado pela equipe de professores, durante os períodos letivos de 2014, serviu de matéria prima para a produção criativa dos secundaristas.   
Tempo para brincadeiras e disputas valendo
brindes aos participantes vitoriosos
A escolha da poesia como ferramenta motivacional da juventude partiu das organizadoras do evento, Katiucia Oliveira e Cley Araújo, professoras que participam de movimentos poéticos em Marabá. Para a dupla, a participação expressiva dos alunos do Ensino Médio prova que na escola nascem grandes talentos.
Vários artistas de Marabá foram convidados para a programação estudantil. Os escritores presentes, Airton Souza, Eliane Machado e Rose Pinheiro, tiveram ao alcance dos olhos performances surpreendentes apresentadas pelos jovens estudantes.  
As alunas do terceiro ano médio, Juliana Nascimento, de 17 anos, Nathalia Martins, 16, Maria Larissa Gomes, 15, efetuaram diferentes participações para o público no Gaspar Viana. A primeira e a terceira pré-vestibulandas declamaram o poema Hybris, que faz parte do livro Crisálida, e a segunda encenou uma jovem lésbica em crise familiar.  
Rosana Jhuly teve o livro Crisálida autografado
 pela autora, Eliane Soares.
“Eu gostei de ver a participação de cada um. Eu li uma vez que a arte e a criatividade são o que nos fazem humanos. E embora eu não tenha muito contato com arte, gosto de ler poemas”, diz a ultimoanista Juliana.
Ao longo das apresentações, houve tempo para brincadeiras e disputas valendo brindes aos participantes vitoriosos, além de bons momentos para a “tietagem”. Muitos jovens aproveitaram a oportunidade para conhecer de perto os autores. Rosana Jhuly teve o livro Crisálida autografado pela autora, Eliane Soares.

ARTE ESTUDANTIL
O ambiente recebeu uma ornamentação característica. Entre outras coisas, o espaço da quadra dispunha de varal poético, com textos de autoria do próprio alunado, mural e obras pictóricas para apreciação do público visitante.
No gênero lírico, Mayara recitou versos do poema “Deficiências”, autoria de Mario Quintana. No gênero drama, alunos do 1º e 3º anos apresentaram a peça “Demagogias da educação”.
Um grupo de estudantes do 2º ano, entre elas, Arlene, Delane, Francisca e Gabriela, compuseram uma paródia sobre o histórico episódio da Guerra Fria, elaborada a partir de música da Cláudia Leite.

ARTE POPULAR
O curador e professor de arte, Francisco Carlos Silva, veio ao Gaspar Viana a convite das organizadoras. Na ocasião, Silva trouxe obras artesanais da artista popular, Maria Amélia, mulher que atuou por décadas como arte educadora, mais conhecida na comunidade da Folha 33.
Amélia trabalhou na Escola Municipal Silvino Santis (FL 33), na qual funciona o Instituto Cultural Maria Amélia, um espaço reservado à visitação.
Atualmente, o curador faz exposições em eventos de arte, além de lecionar em instituições educacionais da cidade como a Escola Estadual Doutor Geraldo Veloso e a Escola Municipal Heloisa de Souza Castro.

DEFICIÊNCIAS (Mario Quintana) 
Mayara arrancou aplausos da multidão ao recitar versos
do poema “Deficiências", de Mario Quintana
"Deficiente" é aquele que não consegue modificar sua vida, aceitando as imposições de outras pessoas ou da sociedade em que vive, sem ter consciência de que é dono do seu destino.

"Louco" é quem não procura ser feliz com o que possui.

"Cego" é aquele que não vê seu próximo morrer de frio, de fome, de miséria, e só tem olhos para seus míseros problemas e pequenas dores.

"Surdo" é aquele que não tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo, ou o apelo de um irmão. Pois está sempre apressado para o trabalho e quer garantir seus tostões no fim do mês.
"Mudo" é aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por trás da máscara da hipocrisia.
"Paralítico" é quem não consegue andar na direção daqueles que precisam de sua ajuda.
"Diabético" é quem não consegue ser doce.

"Anão" é quem não sabe deixar o amor crescer.

E, finalmente, a pior das deficiências é ser miserável, pois:
"Miseráveis" são todos que não conseguem falar com Deus.

"A amizade é um amor que nunca morre."

Mario Quintana foi escritor gaúcho ligado ao Movimento Modernista, nascido em 30/07/1906 e morto em 05/05/1994.






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