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sexta-feira, 30 de maio de 2014

NOITE DE AUTÓGRAFOS - Airton Souza publica dupla “Pó é Mar” e “Face dos disfarces”

Lançamento de livro reúne público experiente na Biblioteca Municipal
































Nesta quinta-feira (29), a Biblioteca Municipal Orlando Lima Lobo recebeu público seleto de escritores, professores e amigos do poeta da Academia de Letras do Sul e Sudeste do Pará (ALSSP), Airton Souza, para noite de autógrafos. Souza lançou dois novos livros de poemas, “Pó é Mar”, escrito em 2011, e “Face dos disfarces” no início de 2012.  
A ocasião serviu de encontro para escritores de experiência como Rose Pinheiro, Cezamar de Oliveira e Eduardo Castro – atual presidente da ALSSP –, que vieram prestigiar o poeta.
Airton pediu para que professores, de grande influência durante a vida universitária, viessem discursar. A Doutora em Linguística, Eliane Soares, e o Doutor em Teoria Literária, Gilson Penalva, ambos da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (UNIFESSPA).
Soares disse que a poesia dele tem se transformado em algo muito maior que o esperado.
Gilson Penalva comentou a sensibilidade poética de Airton e tratou sobre o papel da arte na formação.
Com o feito dessa noite, já são nove livros publicados, sendo que o décimo já está garantido. Trata-se do título “Ser não sendo”, livro de poemas que rendeu o primeiro lugar ao poeta marabaense no prêmio Dalcídio Jurandir.
Após ler um dos poemas da obra “Pó é Mar”, o escritor agradeceu também de maneira especial aos repórteres Ulisses Pompeu, Célio Sabino e Laércio Ribeiro, que publicaram textos líricos que ele enviava aos jornais. Isso numa época que ele mal podia se acreditar poeta.
Ulisses comentou sobre um episódio cômico de 1977. Lembrou de poemas que saíram no Jornal Vanguarda, em que Frederico Morbach fez troça com versos de Ademir Brás, o pagão.
Amigas do artista como Marluce Caetano, Aline Pinheiro e Erica Faustino assistiram emocionadas aos relatos.
Carreira – Airton Souza vai completar 15 anos de carreira poética em 2015. O primeiro poema foi gerado em 2000. O poeta confessou ainda que, apesar da numerosa produção, tem dificuldade para fazer poema sobre temas fixos. 
Airton enfatizou que o livro "Face dos disfarces" ganhou menção honrosa Prêmio Literacidade, em 2013, concurso promovido por Abília Pacheco. 

INCRA - 58 famílias despejadas de PA Palmeira 7, em Itupiranga, reclamam não assistência do Estado


Assentados pelo INCRA se dizem despejados de forma violenta, 
já gerente da Fazenda Nova Era afirma ser alvo de incriminação 



















Antônio da Silva, 55 anos, hoje desempregado,
padeceu grande humilhação com a família
Ontem (30), foi dia de penúria para 58 famílias que residem no Projeto de Assentamento (PA) Palmeira 7, localizado no município de Itupiranga, e aguardavam audiência no Fórum do Poder Judiciário em Marabá. Os assentados formam a comunidade Sol Nascente e alegam que foram despejados da própria terra de forma violenta, em novembro de 2013, pelo gerente da Fazenda Nova Era, José Iran de Sousa Lucena. O imóvel faz divisa com o assentamento.
Segundo os membros da comunidade, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) fez o assentamento Sol Nascente em 2006.  
Das 525 famílias que moram no PA Palmeira 7, processo que durou mais de 20 anos, apenas as 58 estão padecendo conflito pela posse da terra. As famílias tinham lotes de 7 a 10 alqueires, mas agora vivem afugentadas.  
Em abril de 2014, os moradores da Sol Nascente procuraram a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (CONTAG) e fizeram um documento para o Deputado Assis do Couto, atual presidente da Comissão dos Direitos Humanos e Minorias da Câmara de Deputados (CDHM), a fim de garantir os direitos dessas famílias.
No documento, recebido pela CDHM ainda em abril, a CONTAG relatou que os Órgãos de Segurança do Estado não tem atendido à comunidade e que o arrendatário da Fazenda Nova Era, também conhecido “Zé Iran”, tem usado meios ilícitos para grilar a terra. Além disso, o INCRA não estaria tomando nenhuma atitude diante dessa calamidade.   
Eles enfatizam que o verdadeiro dono da fazenda, nominado por Ostrogésimo, já teria admitido que as terras pertencem ao PA. Porém, os jagunços do arrendatário estão tomando para si essa briga.
Edinaldo teve a casa queimada
"Nós não somos sem terras. Os invasores são eles”, afirmou Edinaldo Cardoso de Jesus, que teve a casa queimada, onde morava com esposa e 3 filhos há oitos anos. 
O grupo que veio à Marabá estava indignado porque a reunião estava marcada para esta sexta-feira e o Fórum desmarcou de imediato. Além disso, foram cerca de 200 km enfrentando estrada de chão na maior parte.
"É uma covardia o que estão fazendo com a gente. Viemos de tão longe pra dar em nada”, questionou Maria do Socorro Sousa, que também foi expulsa do lar junto de esposo e filhos.
“Cadê os galos, que só tá as galinhas aqui?" diziam os pistoleiros que foram tomar as terras, no episódio de novembro.
Depois que saíram, ainda em novembro, um dos assentados foi vítima de homicídio. Ele era fiscal da associação e atendia pelo nome de “Ceará”.
Atualmente, tem gente morando dentro de igreja. Uma mulher ficou apenas com a roupa do corpo. Houve casos em que os homens foram afugentados sob ameaças de “levar chumbo”.
INCRA – A reportagem procurou no INCRA os responsáveis por acompanhar a situação do PA Palmeira 7. Lá consta que em 19 de julho de 2013, a ouvidoria do INCRA fez reunião com a Comissão Nacional de Combate à Violência no Campo, em Marabá.
Na ocasião, José Iran e a advogada da Fazenda, Fernanda Cota Miranda, reclamaram que os trabalhadores do PA cometiam ilegalidades no local. Na ata dessa reunião, eles queixaram a queima da sede da Fazenda e de documentos dos empregados, mataram gado e atearam fogo na escola para incriminar José Iran.
Além disso, a dupla teria assumido o compromisso de formalizar um acordo no sentido de dividir em 50% para cada lado, até que fosse definida a questão judicial.
De acordo com assessora de comunicação social do INCRA, Mery Cipriano, esse conflito ainda permanece em tramite na justiça.  
VIOLAÇÕES – Alguns dos queixosos revelaram à reportagem o nível de retaliações que eles sofreram nas mãos dos “capangas”.
Em novembro de 2013, Antônio da Silva, 55 anos, hoje desempregado, padeceu grande humilhação com a família, tendo nesta uma filha portadora de necessidades especiais.  
“Botaram eu pra correr da minha casa. Chegaram uns sete pistoleiros, tudo de colete, com pistola e rifles. ‘Correu’ eu, minha mulher e quem estava mais eu. Fui pra dentro mato, aí eles me chamaram. Disseram que iam queimar minha casa naquele instante. Queimaram com tudo dentro, cama, fogão, colchão, comida... Um guarda roupa que eu tinha acabado de comprar e só terminei de pagar esses dias”, relata.    
A filha especial ficou traumatizada a ponto de entrar em crise quando mencionam voltar pra lá. “Agora estou morando aqui na Betânia. Eu vivia de lá e agora perdi meu ganha-pão”, salienta.
Um professor de 1ª a 4ª séries foi alvo de cuspes na cara. Com nível superior em Pedagogia, Gilmar Ribeiro Bezerra, 30, vivia clima de ameaças com mais de 20 alunos.
“Eu saí de lá porque fui pressionado. Eles chegavam armados na minha escola, ameaçando. As crianças ficavam assustadas. Eu cheguei a fazer um boletim de ocorrência na DECA porque, uma vez, eles me pararam em cima da ponte e me hostilizaram bastante. Queriam saber quem é o presidente e falaram que eu não fosse mais dar aula, pois, poderia não voltar mais vivo”, recorda.
Apesar da pressão psicológica, o educador permaneceu mais 6 meses e, quando findaram as aulas de 2012, desistiu a contragosto.  “Aí, depois que eu saí, veio uma professora, só que eles queimaram a escola pela segunda vez. As crianças passaram dois meses estudando debaixo de pé de manga. Eu ainda moro lá na vila, mas meio escondido”, diz.


quarta-feira, 28 de maio de 2014

FEIRA PAN-AMAZÔNICA DO LIVRO - Neste sábado (31) cerca de 25 escritores saem em caravana para Belém


Artistas vão se reunir às 8h da manhã, no prédio da Biblioteca Municipal
Orlando Lima Lobo (Marabá Pioneira), de onde sairão com destino à capital














Literatos de Marabá participam de evento, que dura de 
30 maio a 8 de junho, no Hangar em Belém

No próximo sábado (31), parte de Marabá rumo à Belém uma caravana de escritores locais, que vai participar da 18ª Feira Pan-Amazônica do Livro, evento marcado para os dias 30 maio a 8 de junho no Centro de Convenções Hangar. Cerca de 25 artistas vão se reunir às 8h da manhã, no prédio da Biblioteca Municipal Orlando Lima Lobo, situado na Marabá Pioneira, de onde sairão com destino à capital.
A Prefeitura Municipal de Marabá (PMM) está disponibilizando o ônibus que vai levar o grupo de artistas, que fará apresentação ao público na capital.
O projeto da viagem foi arquitetado pela escritora de obras ao público infanto-juvenil, Vânia Ribeiro, em parceria com o poeta Airton Souza.
A dupla de idealizadores agradeceu ao apoio da Secretaria Municipal de Cultura (Secult), em nome do secretário Claudio Luiz Feitosa Felipeto, pela forte colaboração com os produtores de arte literária da região.
A Secult vai bancar a hospedagem do grupo, que programa a viagem para o dia 30 de maio e o retorno no dia 02 de junho.
A maioria dos autores pertence às instituições locais como a Academia do Sul e Sudeste de Letras do Sul e Sudeste do Pará (ALSSP) e Academia de Letras de Marabá (ALMA). Eles terão seus principais livros expostos para o público que anualmente participa do evento.
Na feira, o dia reservado para seção de autógrafos será a manhã de domingo (1), no Estande do Escritor Paraense, espaço organizado por Cláudio Cardoso.
Neste ano, o escritor homenageado é o amazonense Milton Hatoum, autor de best sellers como “Dois irmãos”, “Cinzas do norte”, “Relatos de um certo oriente” e “Órfãos do Eldorado”. O país homenageado vai ser o Qatar.
A feira em 2013 – Mais de 840 mil livros foram vendidos durante a 17ª Feira Pan-Amazônica do Livro. O evento alcançou um público superior a 400 mil visitantes em dez dias. Em 2013, mais de 500 editoras nacionais e regionais participaram da feira. Destas, 15 eram especializadas em quadrinhos e mangás.
Polémica – Em Marabá, já chegou informações de que muitos autores da região norte do Pará estão tentando boicotar a Feira Pan-Amazônica deste ano.
Os autores daquelas bandas defendem que a arte regional não está sendo priorizada, por isso, levantaram um movimento de cunho político e adversário. Exemplo disso, é o evento que o escritor nortista, Salomão Larêdo, programou na mesma data.
A caravana – Os nomes de vários escritores, professores e profissionais de imprensa, que atuam no campo de arte e cultura, já compõem a delegação marabaense. Confira!
Autores e livros:
Adão Almeida – Marabá Guaridas
Airton Souza – À boca da noite e Infância Retorcida
Cezamar Oliveira – Dafne e os bichos papões
Creusa Salame – Crônicas e Poesias
Eliane Soares – Crisálida
João Martins – A marcha da canção fúnebre
Nilva Burjack – Contos da vovó
Raunivan Tocantins – Páginas soltas
Rosa Peres – Pelo vitrô
Rose Pinheiro – Cárcere de uma paixão
Terezinha Guimarães – Drª Jane
Vânia Andrade – Pedro Pedroca na Amazônia
Xavier Santos – Sob as luzes de Argos

Autores:
João Brasil
Valdir Araújo

Imprensa:
Anderson Damasceno – Jornalista

Ederson Oliveira – Jornalista

HIDROVIA - Consórcio R. PEOTTA, HIDROTOPO e ENEFER apresenta à sociedade projeto EVETEIA

Engenheiro José Amorim realizou apresentação de slides sobre trechos da hidrovia














Fabio Esperança: "Queremos que a hidrovia seja navegável" 
Nesta terça-feira (27), ocorreu a divulgação do Estudo de Viabilidade Técnica e Econômica e Ambiental do Tocantins e Araguaia (EVETEIA), no prédio da Associação Comercial e Industrial de Marabá (ACIM), situado na Marabá Pioneira. O auditório da associação ficou repleto de personalidades do ramo empresarial, que assistiram apresentação do Consórcio R. PEOTTA, HIDROTOPO e ENEFER, vencedor da licitação para produzir a pesquisa sobre a navegabilidade por hidrovia.
Esse encontro representa o primeiro evento previsto no edital, que envolve as apresentações como forma de divulgação para a sociedade.  
Segundo Fabio Esperança, representante do Consórcio, eles vão a campo para fazer pesquisas com especialistas e pessoas da comunidade.
“Provavelmente, vamos criar em Marabá um escritório para que a equipe de batimetria possa se instalar. Cerca de 30 a 40 pessoas entre arquitetos, geólogos, desenhistas, projetistas e pessoas que lidam com equipamentos de alta tecnologia, para se fazer medições”, afirma.
A tecnologia de medição, através do som, usa frequências que são jogadas e se vê qual é a profundidade do rio e, então, faz-se os projetos e plantas.
Ainda segundo Esperança, ao mesmo tempo em que fazem as reuniões participativas, ouvindo a sociedade, num período de 3 a 4 meses, também serão feitas pesquisas de campo.
“Ai vai sair um estudo da parte preliminar, pois vai contar com a batimetria, o levantamento de campo e já escutamos a sociedade. Contando com alguns estudos econômicos, sabendo se vai ter impactos e onde vamos ter que estudar”, detalha.
E, na fase final, o estudo estará pronto para, num período de 15 dias, ser novamente levados ás cidades, mostrando para a sociedade da região quais são os impactos e as alternativas.
EVETEIA – O palestrante e engenheiro, José Carlos Amorim, que faz parte da consorciada, realizou a apresentação de slides sobre trechos da hidrovia, saltando para os pontos mais importantes.
No trecho II, de Marabá ao município de Estreito (MA), cuja extensão navegável é de 321 km, está planejada a construção da Barragem de Serra Quebrada. No trecho III, que vai de Estreito a Palmas (TO), com 475 km de extensão navegável, planeja-se a Barragem de Estreito. Uma terceira barragem está em estudo, por sua vez, seria a de Tupirantins.  
Cada fase está abalizada conforme o Plano Hidroviário Estratégico 2013, feito pelo Ministério dos Transportes. Esquecerem o rio Araguaia devido questões ambientais e indígenas.
Intervenções mais drásticas serão efetuadas em gargalos ao longo dos rios. Há perímetros mais preocupantes onde serão edificadas barragens. Amorim defende que a “Barragem de Tucuruí” servirá para abalizar o atual projeto.
DESINFORMAÇÃO – Durante a palestra, os participantes fizeram alguns apontamentos. Houve entidades que foram convidadas, mas não vieram.
Uma representante da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), e engenharia ambiental, propôs à empresa que usem as universidades locais e os universitários para atuarem em projetos de pesquisa.  
Um dos participantes enfatizou que representantes do Ministério Público e universidades locais receberam convite.
Para Fabio Esperança, essa ausência é vista com “bastante tristeza”. 
“Quando a gente faz o primeiro contato com as associações é, exatamente, para trazer o maior número de pessoas. Isso não é apenas um estudo nosso. É um estudo da comunidade e vai trazer benefícios para a população local. Não estamos fazendo um trabalho para engavetar. Queremos que isso vá adiante e que a hidrovia seja navegável, trazendo desenvolvimento e riqueza”, finaliza.   

terça-feira, 27 de maio de 2014

ARTE NA RUA - Artista de Marabá planeja levar arte e beleza para os muros

Imagens como esta vão melhorar esteticamente o ambiente urbano





















O Blog Olhar do Alto (AO) publica um leve e forte exemplar da arte que nasce nas mãos de Bino Souza, chargista, desenhista e amante de artes plásticas, que mora em Marabá, município situado na região sudeste do Pará.
Após contato com o artista, ele autorizou a mostra de umas das peças que farão parte de um projeto que pretende mudar a cara da cidade. Levar a beleza da pintura para os muros e espaços públicos.
“Essa é uma das obras que em breve estarão nos muros da cidade de Marabá. Vai ser através de um projeto de intervenção urbana”, anuncia Souza.
Esse ofício faz lembrar o que o célebre professor paraense, Benedito Nunes, fala ao tratar da visão de Sócrates sobre a pintura. O artista consegue reproduzir o “estado interior” das pessoas, os “movimentos da alma”. Algo bem notável no trabalho de Bino Souza
O Blog também fez aquela perguntinha clássica – semelhante a que Sócrates fez ao entrar no ateliê do pintor Parrásio. O que essa imagem pode representar?
“A obra ainda está sem título definido. Mas, ela faz reflexões sobre questões culturais e aborda signos imortalizadamente marabaenses”, enfatiza o artista.

Na certa, as parcerias com empresas e o poder público logo vão render uma nova estética para quem anda nos bairros.  

HOMICÍDIO - Ontem (26) jovem ciclista foi alvejado no Bairro Liberdade

PMs orientam os familiares a não descobrir o corpo














Um jovem ciclista seguia pela Avenida Adelina, via do Bairro Liberdade (núcleo Cidade Nova), na noite desta segunda-feira (26), quando sofreu covardemente na mão de criminosos. Por volta das 21h, ele foi alvo de execução por arma de fogo.
De acordo com os populares, o ciclista era conhecido como Bruno e morava numa quitinete não muito longe dali.
Segundo o sargento da Polícia Militar (PM), Gildemilson, pouco se sabia ou quase nada sobre a situação. Mas, enquanto os soldados mantinham espaço em torno do corpo, outra viatura empreendia a ronda a fim de encontrar os suspeitos.
Os indícios dão a perceber que a atuação dos bandidos é a mesma bastante conhecida em Marabá. Uma dupla aborda a vítima, enquanto um pilota a moto o outro faz os disparos. Modos operandi que vulgarmente chamam de “dupla da moto”.
Um rapaz que estava perto do cadáver disse ser irmão da vítima, porém, não quis comentar sobre o fato nem pedir por justiça.
Perguntado se a vítima era estudante ainda ou se tinha emprego, o rapaz apenas revelou que o irmão não ia para escola e estava desempregado. 

segunda-feira, 26 de maio de 2014

BELO MONTE - Protestos indígenas em Belo Monte, um barril de pólvoras!

SBT
Na noite deste domingo, por volta das 23h, lideranças indígenas acampadas às margens da BR-230, deram entrevista coletiva para informar à sociedade, justiça e forças de segurança do país, que estão preparados para a guerra, caso sejam tratados como vândalos. Os Líderes indígenas, Luiz Xipaia, Gilson Curuaia, Tety Arara, Rodrigo Xipaia, Léo Xipaia, Kwazydu Xipaia e Guerreiros Parakanãs, comandando mais de 200 índios que estão com mulheres, idosos e crianças na via, foram enfáticos e Informaram que não vão sair, nem dar passagens a nenhum veículo da empresa Norte Energia ou CCBM.
Os índios informaram também que estão preparados para tratar as forças de segurança da mesma forma que forem tratados.
“Se eles vierem para nos afrontar, eles serão afrontados também, nos também estamos armados com nossas flechas, se eles querem derramar sangue em Belo Monte, então eles vão ver sangue derramado aqui” Disse Luiz Xipaia.
A notícia de que a justiça pode tirar a força os índios, e notificações judiciais que determinam a saída dos guerreiros nas entradas das obras de Belo Monte, revoltou as 5 etnias que participam dos protestos que já duram 5 dias, na Volta Grande do Xingu.
“Enquanto estamos tentando negociar, buscar um diálogo com a empresa, eles estão com vários advogados por trás, tentando tirar a gente à força daqui. A gente não veio para brincar, a Norte Energia tem que sentar e resolver nossos problemas de uma vez por todas, se não nós vamos agir do nosso jeito, quem fez a constituição dando direitos para os índios foram os próprios brancos, por que eles não seguem a lei?”, questionou Gilson Curuaia.
Em uma roda de conversa, Luiz Xipaia conversou com os guerreiros e disse que essa pode ser a última vez que estão se vendo, a última vez que estão conversando, mas que neste momento precisa do apoio de todos, e que se for para lutar até a morte, que lutem pela causa justa.
“Nos estamos lutando pela vida das nossas famílias, da nossa cultura e das nossas gerações, e vamos morrer se for preciso e índio não vai deixar de lutar. Essa juíza deu a sentença para nos retirar, então, que ela carregue nas costas a culpa pela morte de muitos índios aqui”, disse Luiz.
A revolta é tamanha, que flecharam por várias vezes a logo marca do CCBM em um dos ônibus que estão estacionados na lateral da via.
A partir da gravação da entrevista, eles agora aguardam os próximos passos da empresa Norte Energia, Funai e as Forças de segurança do estado e da nação.
Nossa equipe (SBT) deixou a entrada do km 27 por volta das 00h. Os índios pediram apenas que repassássemos as informações para que cheguem as autoridades em todas as suas esferas.
Provavelmente, nenhum ônibus do CCBM passa pelos índios nesta manhã de segunda-feira, 26, nem é aconselhável que a empresa desloque operários para o local.

O clima entre os índios e a empresa é hostil e requer muito cuidado. Os guerreiros estão dispostos a dialogar, mas qualquer confronto, ou ataque aos índios pode ser desastroso.

ESCOLA IRMÃ THEODORA - Torneio de futebol ”Cracks Players Sport” movimentou comunidade estudantil


Vencedores partiram para Parauapebas nesta segunda-feira (26)





























O torneio de futebol ”Cracks Players Sport” foi realizado por Darlan de Castro, durante o último domingo (25) no Ginásio Poliesportivo Nonatinho – mais conhecido como quadra da Escola Municipal Irmã Theodora –, e reuniu dezenas de times da comunidade estudantil no Bairro Liberdade, situado no núcleo Cidade Nova. A programação esportiva lotou as arquibancadas da quadra com várias equipes, disputando pela vitória.  
Nesta segunda-feira (26), os times campeões vão embarcar para um grande jogo em Parauapebas, município a 170 km de Marabá. 
Segundo Darlan de Castro, o time que ganhou o torneio feminino vai encarar novo desafio contra a Escola Faruck naquela cidade.
“Quero parabenizar a coordenação da escola e ao time feminino do Irmã Theodora, que venceu do Ensino Liberdade, jogo que foi até as penalidades máximas. Elas levaram pra escola o troféu e mais uma singela quantia em dinheiro”, pontua.
Ainda segundo o organizador, no torneio masculino, quem levou a melhor foi o time do Laranjeiras. Por sua vez, o campeão vai viajar também para jogar no “Peba” contra o time Califórnia.
Um total de 24 times, entre masculino e feminino, se enfrentaram em quadra valendo a ida para a cidade vizinha.
Além das escolas, havia também equipes de algumas denominações cristãs como as Igrejas Quadrangular e Assembleia de Deus.
As torcidas colaboraram com a ornamentação do ginásio. As equipes da escola vieram caracterizadas com as cores amarela, azul, verde e branca. Um show de cores fora de quadra. 

ARTES CÊNICAS - Conversa com dramaturgo Alberto Neto levou público ao Campus I da UNIFESSPA

Universitários e atores participaram da palestra e tiraram dúvidas acerca desse gênero de arte



Josiclei Souza, Alberto Neto, Cláudio Barros, Sandra Conduru e
Bruno Malheiros trouxeram teatro genuinamente marajoara à Marabá














Na tarde de sábado último (24), o público no auditório do Campus I da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (UNIFESSPA), situado na Folha 31, recebeu o ator e professor de teatro, Alberto Silva Neto, para uma conversa sobre artes cênicas. Na maioria, universitários e atores, eles participaram da palestra e tiraram dúvidas acerca desse gênero de arte.
Neto tratou de questões que resgatam o papel do teatro na sociedade, e estava acompanhado pelo ator, Cláudio Barros, e a estudiosa, Sandra Conduru.
O dramaturgo veio à Marabá para dirigir a apresentação da peça teatral “Solo Marajó” – um monólogo que mostra 8 pequenos quadros poéticos, baseados no segundo romance de Dalcídio Jurandir, Marajó –, evento que ocorreu na noite daquele sábado, no Cine Marrocos.
Quem mediou o bate-papo foram o professor de Teoria Literária na UNIFESSPA, Josiclei Souza, e Bruno Malheiros, diretor de assuntos interculturais.
Alberto Neto deu uma direção mais política para o debate, enfatizando qual o papel da arte na sociedade.
“Por que quando falamos da situação do teatro é mais grave? Se arte de maneira geral já vive esse processo de mercantilização, vira produto igual shampoo e tênis, seguindo uma lógica que não deixa a gente enxergar o que é nosso, a arte que defendemos não é escrava desse anseio”, afirma.
Neto entende que o teatro que vende muito hoje, como produto, só funciona quando ele faz no formato que se aproxima da telenovela, uma linguagem que massifica o ser humano, transformando as pessoas também em produto.
“Mas, a verdadeira natureza do teatro é íntima, e ao falar para cada um, leva o homem à sua essência. O teatro está ai para fazer você não esquecer que é humano”, defende.  
Os universitários Avelino Rodrigues e Aline Pinheiro procuraram entender qual a finalidade do fazer artístico e para que fazer arte, enquanto força de formação do homem.
Cláudio Barros, que é o grande ator de Solo Marajó, abordou para que serve a linha de arte feita pelo grupo e relatou que faz teatro desde pequeno, até certo incompreendido. 
Barros recordou a vida enquanto criança, quando os pais queriam fazer com que mudasse de visão e buscasse um emprego, uma vez que achavam que teatro não daria futuro algum.  




SOLO DE MARAJÓ - Sábado último (24), grande apresentação de monólogo aconteceu no Cine Marrocos

“Solo de Marajó”, um monólogo que mostra 8 pequenos quadros poéticos, baseados no segundo
romance de Dalcídio Jurandir, Marajó, evento que ocorreu na noite de sábado, no Cine Marrocos




















Cláudio tornou o monólogo um espetáculo jamais visto em Marabá
O dramaturgo, Alberto Silva Neto, veio à Marabá para dirigir a apresentação da peça teatral “Solo de Marajó” – um monólogo que mostra 8 pequenos quadros poéticos, baseados no segundo romance de Dalcídio Jurandir, Marajó. O evento ocorreu na noite de sábado úlitmo (24), no complexo Cine Marrocos, situado na Marabá Pioneira. 
Sabe-se que o fator identificação é importante para quem experimenta a arte. Ele colabora com o efeito provocado no gosto do público.
A reportagem perguntou ao diretor da peça Solo Marajó, Alberto Neto, se isso não iria prejudicar a apresentação, supondo que o público marabaense, que foi ao teatro do Cine Marrocos, em sua maioria não é leitor de Dalcídio Jurandir, nem é conhecedor do ambiente marajoara.
“A obra do Dalcídio Jurandir é poderosa porque ela parte de referências regionalistas para se tornar universal. Ela discute questões que são da esfera do humano em qualquer lugar. Então, o que temos percebido é que pessoas, públicos de todos os lugares onde já estivemos, encontram formas de associar as narrativas do Dalcídio com as próprias vivências”, explica.
Ainda segundo Neto, todo mundo já viveu uma experiência no interior, ou na infância já esteve num sítio de um avô, quem sabe lembra de uma tia que morava distante, na zona rural. Assim, apesar da obra do Dalcídio ser marcantemente marajoara, na forma dela tratar o cotidiano e a cultura do homem acaba atingindo aqueles que de algum modo tenham relação com essa vida.
O ator do monólogo, Cláudio Barros, que dá corpo, voz e vida às diversas personagens, também relatou para a reportagem o significado dessa peça.  
“Em primeiro lugar, a importância está em você trabalhar a obra do Dalcídio Jurandir, que é um dos romancistas mais importantes da Amazônia e do Brasil. Escolher esse autor tem tamanha importância porque você torna acessível para as pessoas”, pontua.
Ainda conforme Barros, junto com essa acessibilidade, há também o desafio de transformar o “universo dalcidiano” – onde ele expõe figuras da sociedade amazônica de uma maneira muito cruel – em movimento, sons, expressão corporal e personagens.
“O autor é múltiplo, pois, vai narrando a história e abre janelas, e outras histórias dentro de histórias, e personagens que vão surgindo e morrendo e vão nascendo de novo nos romances. Então, é um universo muito amplo na questão psicológica do personagem. O grande desafio é você conseguir como ator, sozinho em cena, num monólogo, abarcar todo esse universo de personagens e lugares, porque, em momentos se está no casarão, noutro momento está num igarapé ou numa floresta. Então, tem também uma multiplicidade de ambientes”, detalha Barros.
Na noite de sábado, mesmo sem qualquer elemento no cenário, Cláudio Barros conseguiu suprir apenas com o corpo, quase todos os elementos da cenografia.
“No monólogo, você usa o elemento essencial do ator que é seu próprio corpo. Então, no meu próprio corpo, tento revelar esse universo através de sequências de movimentos, estudados e analisados, de sons criados no próprio corpo. E assim, tornar isso tudo uma narrativa clara, calma, e que tente atingir as pessoas assim como a obra do Dalcídio faz quando você ler”, observa o ator. 

sexta-feira, 23 de maio de 2014

EXPOAMA - Eleger a beleza! Concurso Rainha da Expoama movimenta marabaenses


Duas elegantes jovens de Marabá estão entre as concorrentes à coroa do concurso “Rainha Expoama”. E o Blog OA sai à frente contando um pouco dessas duas beldades.

Karine Oliveira da Costa, 19 anos, cursa Recursos Humanos na Unopar e participa da edição 2014. 
Ela nasceu em Carolina (MA) e se inscreveu porque sempre teve vontade de participar dessa grande competição, que movimenta não apenas as jovens marabaenses a cada ano.
“É um grande evento a Expoama. Sempre tive vontade de viver o friozinho na barriga e sentir a emoção de participar. Um dos meus grandes sonhos é ser a Rainha da Expoama”, revela a jovem donzela.











Mais uma dama jovial, com olhos para a coroa do concurso, é Gabriela Fidelis (15). Ela é natural de Imperatriz (MA), mas reside em Marabá desde longa data. Atualmente, cursa o 3° ano médio e se prepara para o vestibular. 
Quem está acompanhando essa realização são os pais, Sandra Miranda Fidelis e Wilton Fidelis dos Santos. A filhinha tem preferência musical pelo gênero Sertanejo e, embora seja fã de futebol, não se vê como torcedora de um time. 
Gabriela conta que um dos hobbies, em especial, é dançar. 

CRIANÇA - Trânsito de Marabá leva embora mais um pequeno sonho sem fim

Que choque de tristezas. Eu li junto com alunos do ensino médio dois contos tratando da “infância”, durante aula nesta quarta-feira (21). E na tarde de ontem (22), fiquei estarrecido ao saber e ver foto de um garoto que foi atropelado, no Bairro Cidade Nova. Um acidente trágico divulgado pelas redes sociais.
Um dia antes, estava feliz por levar jovens a percorrer a vida com os olhos daquelas duas crianças. Ótimas e intrigantes personagens. Os secundaristas ficaram até emocionados, despertos. Afinal, os textos literários eram de autoria de grandes prosadores brasileiros. De Clarice Lispector, lemos O primeiro beijo, e, de João Guimarães Rosa, As margens da alegria.
É difícil estar diante de realidades tão diferentes em tão pouco tempo. A vida na arte e a vida na vida.
Numa hora você permite a si e a outros enxergar o universo da criança, com os óculos da poesia.
No texto de Lispector, o adolescente conta uma viagem de excursão escolar – tipo de experiência que todos adultos guardam como uma memória bem quentinha –; e dá um beijo “sem querer”, pois, ao procurar água que mate a sede, encontra o líquido vindo de uma fonte. Esta escultura era a de uma mulher. Ali, ele se acorda como hominho.
Na narrativa de Rosa, a criança é levada de avião do campo à cidade em construção. Levada pelos tios, conhece o que é viajar nos altos céus, brincar com animais cheios de cores. Mas, sofre por ver que a ação do homem vai fazendo fauna e flora padecerem. E assim, os duros sentimentos sofridos fazem da criança um perdedor de alegria – ou, um “vivenciador” de alegrias passageiras. Como o vagalume que aparece e breve breve desaparece dos olhos do menino, cena esta que finaliza o conto.
Contudo, o que dizer dessa criança que vinha da educação física e terminou marcada pelos pneus de um caminhão? Que história morreu ali? Sem dúvida perdemos um espetáculo.
Talvez alguém pense ser o fato de não ter visto o acidente o espetáculo aqui. Nunca esteve tão errado. O espetáculo que perdemos foi ver os dias desse garoto não continuarem. Ficamos mais pobres em Marabá, sempre que os raios do sol não podem mais banhar o límpido rosto desses meninos, que vem e vão para aulas. Foi um jogador de futebol que morreu? Foi mais. Foi fim de carreira de um jogador da vida. Vamos ficar muitas partidas sem comemorar os gols dele.  
Ontem, dormimos com algo pior que uma final de Copa do mundo, em zero a zero. Algo inexistente. Hoje, Marabá acorda desenriquecida! E isso existe!


Abaixo mostro alguns comentários no WhatsApp:
“Gente, alguém está sabendo de uma criança que foi atropelada agora pouco na cidade nova?”
“Eu não sei mais vou passar lá daqui a pouco”.
“Nossa que horror será que ele sobreviveu?”
“Sobreviver não”.
“Disseram que ele estava sem identificação”.
“Que o senhor o tenha em um bom lugar”.

“Cidade Nova... Ele vinha da educação física”.
“Cidade Nova... Não sei o local... exatamente...”
“Quem me mandou foi uma amiga pra divulgar. Ele estava sem identificação... divulga nos grupos...”

“Caminhão acabou de passar por cima dessa criança... Gente, coitada dessa mãe...”

(Atualização às 18h15)

O fato que deu origem a esta postagem não ocorreu em Marabá, como foi divulgado nas redes sociais. E sim em Tailândia. Porém, a localidade não diminui o peso de casos como esse. Em Jacundá, recentemente, uma adolescente estudante veio a óbito por atropelamento, exatamente com ônibus da escola. E aqui também já houve tragédias semelhantes. Que essa mensagem sirva de reflexão a todos que atuam no trânsito local.