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segunda-feira, 25 de agosto de 2014

PACTO PELA EDUCAÇÃO - No sábado (23), Escola Oneide Tavares debateu questões polêmicas


Evento debate questões polêmicas, mas presença de pais e responsáveis foi pequena


Escola Oneide Tavares recebeu profissionais de enfermagem, advogado e artistas


































No sábado último (23), a Escola Estadual Professora Oneide de Souza Tavares, situada na Folha 30, núcleo Nova Marabá, recebeu pais e alunos durante um encontro do Programa Pacto pela Educação. O objetivo era discutir temas polêmicos com a comunidade estudantil. Participaram os pais dos alunos, professores e, em menor número, os alunos.
Embora a instituição atenda cerca de 600 alunos no Ensino Médio e 800 no nível fundamental, a presença de pais ou responsáveis foi pequena, diante da importância do evento.
Segundo a diretora do nível médio, Maria de Nazaré da Silva Costa, o objetivo do pacto é mobilizar e oportunizar à comunidade escolar momentos de discussões e reflexões, acerca de problemas que vem acontecendo no chão da escola.
A programação foi constituída por palestras sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e o uso de drogas, para que os pais tomem conhecimento. 
Após a abertura, a palestrante Carla Emanuele da Silva Luz, enfermeira do Hospital Regional, abordou o uso de álcool e outras drogas. O momento serviu para tirar dúvidas dos pais. 
O advogado, Aveilton de Souza, tratou do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), colocando em relevo que é uma lei muito comentada, mas, de fato, pouco conhecida pelo público que precisa dela.
“A importância do ECA é que foi criado para dar efetividade aos direitos da criança e do adolescente. E orienta de que forma os pais, a escola e a sociedade tem que agir na formação deles, tendo em vista a contribuição que eles vão ter no futuro”, detalha.
O ECA também enfatiza a repressão ao crime e às infrações de menor potencial ofensivo.
“A partir do momento que os pais tomam conhecimento do que essa lei prevê para os seus filhos, e pra eles próprios, vão tomar uma nova direção se estiverem atuando de alguma maneira que a lei não permite”, cita Souza. 
Para a diretora, que atuou por muitos anos na Secretaria de Educação, os temas são bastante pertinentes ao público.
“Às vezes, os jovens pensam ‘tudo eu posso’ e a escola fica meio na defensiva, pois, é delicado enfrentar essas problemáticas. Por isso é importante esse diálogo com os pais, para que juntos possamos resolver”, pontua.
Para o estudante secundarista, Iago Jesus França, 17 anos, a manhã foi de grande aprendizado.
“Não é toda escola que faz isso por nós. É verdade que faltou a galera vir, mas, da minha parte, achei ótima essa interação com os professores e os palestrantes convidados”, opina.
Vânia Gurgel, vice diretora, salientou que todos os anos a escola realiza esse encontro.
E, além do almoço após as palestras, a banda Unidos em Cristo recepcionou os convidados. A formação também tocou e cantou junto ao professor Marcos.

FAMÍLIA NA ESCOLA
O trabalho envolveu todo o corpo docente e foi endereçado, principalmente, aos estudantes do ensino médio. Porém, a instituição recebeu mais os pais de alunos que cursam o nível fundamental.   
“Ainda é uma dificuldade reunir os pais. Quando fazemos programações com convites, boas palestras, almoço e enfatizamos que vamos falar dos filhos deles, mas, mesmo assim, muitos responsáveis justificam a falta por causa do trabalho, ou porque sábado tinha algum compromisso”, diz.
Ela considera que apenas 30% dos pais acompanham a vida intelectual dos filhos.  
“Sempre começo as reuniões falando que se temos mais de mil alunos, não podia vir pais em número que cabe em uma ou duas salas. Quem vem mesmo são aqueles pais que se preocupam. Enquanto os filhos dos outros ficam a mercê só do nosso trabalho”, ressalta.
Inclusive, ocorrem casos de suspender um aluno de forma que ele só entre acompanhado pelos pais, a fim de que a escola conheça e converse a respeito de algum problema que o filho causa.
Além disso, um problema de parceria administrativa também foi levantado pela gestora. O conselho tutelar ainda não auxilia a instituição quando há problemas com os alunos de cada faixa etária. “A demanda é muito grande, a violência é muito grande”, acentua.
Pedagoga que por seis anos trabalhou como coordenadora, Maria de Nazaré foi eleita no processo eleitoral realizado neste ano, e espera que mostrando a realidade os pais colaborem com os educadores.
“Vamos dar uma volta e mostrar a comunidade como que estão as salas e o que os filhos deles fazem. A questão do patrimônio que eles utilizam e depredam, as carteiras quebradas, paredes sujas... coisas que os pais muita vez não acredita que o filho faz isso”, nota.





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