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terça-feira, 12 de agosto de 2014

SARAU DA LUA CHEIA - Ontem (11), Bairro Liberdade recebeu 18ª edição

Artistas consagrados e da comunidade celebraram
 noite poética no Instituto Hozana Lopes de Abreu. Na imagem, 
o Adão Almeida declama Marabá Guaridas


Poeta Javier Di Mar-y-abá fez doação de 4 livros ao Instituto Cultural



A noite de segunda-feira (11) foi marcante para os membros do Instituto Cultural Hozana Lopes de Abreu, um espaço reservado para projetos artísticos e culturais situado no Bairro Liberdade. O prédio da instituição, na Avenida Adelina, onde também funciona a Biblioteca Comunitária, recebeu a 18ª edição do Sarau da Lua Cheia, evento que contou com a presença de artistas consagrados em Marabá e grandes talentos da comunidade.
Segundo Lara Borges, coordenadora do instituto, o local tem um trabalho de longa data com jovens e adultos de diversos bairros, trazendo ensino e incentivando gêneros de arte como teatro, música e literatura.
Durante a noite poética, ocorreram inúmeras leituras, apresentações de peças e cantorias.
A poetisa, Rose Pinheiro, leu um poema inédito chamado "universo vazio". Pinheiro é autora de Cárcere de uma paixão e, pelo visto, o segundo livro está batendo a porta.
O cantor Javier Di Mar-y-abá tratou sobre a importância de cultivar nas novas gerações o prazer pela arte. Refletindo em tom de conversa amigável, ele narrou em seguida o causo “Jesus no xadrez”.
José Valdir, personalidade conhecida no Bairro Bom Planalto, declamou um texto trágico cômico, enfatizando as diferenças entre pobre e rico, de autoria dele. Em seguida, o jovem cantor Marcos Poeta tocou música romântica.
Gildápio Zoér contou narrativa "Um sonho de Aristides", texto do livro “Contos da vovó”, escrito pela cantora marabaense, Nilva Burjack. A narrativa aborda época quando os negros (homens de cor) não podiam ser padre. A personagem (Aristides) queria saber se o dono do céu era de cor. Quase no final ele cantou um hino "profeta Jonas". Cantou só com voz seca, sem instrumentos. 
A professora Cindy Lima, também assessora do candidato a Deputado Federal Zé Geraldo (PT), parabenizou a Lara Borges por manter essa dinâmica com a população.
A coordenadora aproveitou a recente passagem do dia dos pais para homenagear o dela, Raimundo Pereira dos Santos.

Jovens talentos – Boa parte do público formou-se por adolescentes e jovens estudantes.  
Leitor desde a sétima série, o estudante da Escola Estadual Liberdade, Wemerson Nunes, relatou que sempre teve preferência pelo autor Cruz e Souza. A amiga de Nunes, Natália, revelou que desde pequena gosta de ler e escreve contos. Ela recitou versos de Paulo Vieira.
Também estudante, Ismael Silva falou dos próprios gostos poéticos e leu a crônica “medo foi o que senti”, do livro da poetisa marabaense, Creusa Salame.
Andressa Chavez, adolescente que participa das programações no Hozana Lopes de Abreu, recitou versos de Sandra Peres que formam o poema “Toda criança quer”. Ela realizou pequena apresentação com o jovem, Luiz Davi, membro da instituição, que confessou predileção por Carlos Drummond de Andrade.
Jose Roberto felicitou a equipe cultural e disse que tem orgulho do filho, que possui um grupo de Break, estilo de dança criado em Nova Iorque nalgum momento dos anos 70

Cinema – Entre os sarauistas, algumas personalidades anunciaram projetos cinematográficos, que estão sendo projetados.  
Um deles pertence a José Valdir, por meio de arte ele narrou a história recente Novo Planalto, bairro que é fruto de “invasão urbana”, semelhante aos demais que constituem a cidade. O fotógrafo, G. Lustosa, que está fazendo aulas de teatro com a equipe do instituo, também divulgou a película “O grande vaqueiro”, cuja gravação está dependendo de patrocínio. Lara Borges ressaltou também a gravação de um documentário, a respeito do bairro Liberdade.
Iêda Mendes, da Galeria Vitória Barros, deu voz a “Castanheira” do livro Sob as luzes de Argos.
Claudimar Campos que faz encenações. 

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