Artistas consagrados e da comunidade celebraram
noite poética no Instituto Hozana Lopes de Abreu. Na imagem,
o Adão Almeida declama Marabá Guaridas |
Poeta Javier Di Mar-y-abá fez doação de 4 livros ao Instituto Cultural |
A
noite de segunda-feira (11) foi marcante para os membros do Instituto Cultural
Hozana Lopes de Abreu, um espaço reservado para projetos artísticos e culturais
situado no Bairro Liberdade. O prédio da instituição, na Avenida Adelina, onde
também funciona a Biblioteca Comunitária, recebeu a 18ª edição do Sarau da Lua
Cheia, evento que contou com a presença de artistas consagrados em Marabá e
grandes talentos da comunidade.
Segundo
Lara Borges, coordenadora do instituto, o local tem um trabalho de longa data
com jovens e adultos de diversos bairros, trazendo ensino e incentivando gêneros
de arte como teatro, música e literatura.
Durante
a noite poética, ocorreram inúmeras leituras, apresentações de peças e
cantorias.
A
poetisa, Rose Pinheiro, leu um poema inédito chamado "universo vazio".
Pinheiro é autora de Cárcere de uma paixão e, pelo visto, o segundo livro está
batendo a porta.
O
cantor Javier Di Mar-y-abá tratou sobre a importância de cultivar nas novas
gerações o prazer pela arte. Refletindo em tom de conversa amigável, ele narrou
em seguida o causo “Jesus no xadrez”.
José
Valdir, personalidade conhecida no Bairro Bom Planalto, declamou um texto trágico
cômico, enfatizando as diferenças entre pobre e rico, de autoria dele. Em
seguida, o jovem cantor Marcos Poeta tocou música romântica.
Gildápio Zoér contou narrativa "Um sonho de Aristides", texto do livro “Contos da vovó”, escrito pela cantora marabaense, Nilva
Burjack. A narrativa aborda época quando os negros (homens de cor) não podiam
ser padre. A personagem (Aristides) queria saber se o dono do céu era de cor.
Quase no final ele cantou um hino "profeta Jonas". Cantou só com voz
seca, sem instrumentos.
A
professora Cindy Lima, também assessora do candidato a Deputado Federal Zé
Geraldo (PT), parabenizou a Lara Borges por manter essa dinâmica com a
população.
A
coordenadora aproveitou a recente passagem do dia dos pais para homenagear o dela,
Raimundo Pereira dos Santos.
Jovens talentos – Boa parte do público formou-se por
adolescentes e jovens estudantes.
Leitor
desde a sétima série, o estudante da Escola Estadual Liberdade, Wemerson Nunes,
relatou que sempre teve preferência pelo autor Cruz e Souza. A amiga de Nunes, Natália,
revelou que desde pequena gosta de ler e escreve contos. Ela recitou versos de Paulo
Vieira.
Também
estudante, Ismael Silva falou dos próprios gostos poéticos e leu a crônica “medo
foi o que senti”, do livro da poetisa marabaense, Creusa Salame.
Andressa
Chavez, adolescente que participa das programações no Hozana Lopes de Abreu,
recitou versos de Sandra Peres que formam o poema “Toda criança quer”. Ela
realizou pequena apresentação com o jovem, Luiz Davi, membro da instituição,
que confessou predileção por Carlos Drummond de Andrade.
Jose
Roberto felicitou a equipe cultural e disse que tem orgulho do filho, que
possui um grupo de Break, estilo de dança criado em Nova Iorque nalgum momento dos anos 70
Cinema – Entre os sarauistas, algumas
personalidades anunciaram projetos cinematográficos, que estão sendo
projetados.
Um
deles pertence a José Valdir, por meio de arte ele narrou a história recente Novo
Planalto, bairro que é fruto de “invasão urbana”, semelhante aos demais que
constituem a cidade. O fotógrafo, G. Lustosa, que está fazendo aulas de teatro
com a equipe do instituo, também divulgou a película “O grande vaqueiro”, cuja
gravação está dependendo de patrocínio. Lara Borges ressaltou também a gravação
de um documentário, a respeito do bairro Liberdade.
Claudimar
Campos que faz encenações.
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