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segunda-feira, 25 de agosto de 2014

PARAUABREAK 2014 - Grupo Dança de Rua foi representar Marabá, mesmo sem patrocínio

Evento regional reúne amantes da dança em Parauapebas


Ensaios em chão improvisado na frente da Igreja Católica, na Praça São Félix


































No último final de semana, o Grupo Dança de Rua formado por quatro jovens de Marabá foi ao município de Parauapebas, onde houve a 5º edição do Parauabreak. Eles partiram na sexta-feira (22), com retorno programado para segunda-feira (25), a fim de participar da competição. Durante entrevista, o quarteto abordou alguns dos desafios por amor ao movimento Hip Hop.
O grupo dança Break e tem a mesma formação há 4 anos. Por não ter patrocinadores fixos, bancam as passagens, alimentação e demais necessidades.
Robson Lisboa, 20 anos, é estudante ultimoanista na Escola Estadual Anísio Teixeira. Ele faz curso técnico em segurança no trabalho no SENAI e comenta o objetivo dessa viagem.   
“A gente sempre viaja pra representar o nome da cidade e mostrar à sociedade aqui, e em todo Pará, que a juventude não está só dispersa fazendo coisas erradas, mas tem uma parte dessa galera que faz coisas boas”, afirma.
Ele diz ainda que, para o quarteto, o desejo de trazer títulos para a cidade é a grande motivação. E responde por que o gosto pela dança?
“Vejo a dança como um refúgio, às vezes, para não ser soterrado pelos problemas ou me divertir mesmo. Eu amo fazer isso e foi o que me tirou até de coisas que poderiam ter tirado a minha vida. Além disso, é saudável não só para o corpo mas para a alma”, pontua.
André de Souza Araújo, também estudante, dança há mais tempo que os amigos, desde 2007, e já passou por vários grupos na linha Hip Hop.    
“A dança vem abrindo portas, expandindo minha mente. Ela nos dá uma forma diferente de conhecimento”, cita.
Renan Martins, 16, estudante da Escola Estadual Doutor Geraldo Veloso, conheceu o estilo de dança por meio de um dos amigos, Robson. Ele comentou como é a preparação para apresentações e competições.
“Treinamos todos os dias. Geralmente, à noite, aqui mesmo na Praça São Félix. Mesmo sem apoio de empresários e políticos, estamos na luta”, detalha, sendo complementado por Lisboa que explica o material de som e o chão adaptado para coreografia ficam por conta deles, enquanto o público que passa em frente a Igreja Católica assiste e elogia o trabalho.  
O mais novo membro é Will Souza Almeida, 16, que estuda da Escola Municipal Heloísa de Souza Castro, fala que já tinha experiência em coreografia e migrou para o Break. 
“Nós vamos dá o nosso melhor lá no Peba. É a arte do movimento, a gente sente a dança dentro de nós”, enfatiza.

OBSTÁCULOS
Marabá ainda não possui locais com infraestrutura própia aos jovens que gostam de dançar ao ar livre. O grupo reivindica que espaços públicos como as praças sejam planejadas com pistas de dança, apropriadas à manifestações do Hip Hop.
“Inclusive, vamos nos reunir para tentar elaborar um piso aqui na praça, para evitar a gente se machucar. Cidades como Belém, São Domingos, Goianésia e Parauapebas tem esses ambientes”, observa Lisboa.  

COMPETIÇÃO
Para os jovens de Marabá, a cada ano o Parauabreak, que é organizado por Marcos Play, aumenta em público, nível e premiação. Em 2013, os campeões levavam R$ 3 mil, já em neste ano o valor subiu para 5 mil.  A disputa veria entre as modalidades individuais e coletivas, e por isso reúne dançarinos de todo o Pará.  

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