Familiares foram à corregedoria para defender os direitos e a dignidade do jovem Eleoni, que continua em casa sob amparos |
Irmão de Eleoni levou fotos da via para provar às autoridades que não havia buraco nenhum, como foi dito na versão da GM |
Na última quinta-feira (19), os irmãos Francisco das Chagas
Silva Nascimento e Eleoni Silva Nascimento foram dar depoimento na
corregedoria, na Secretaria Municipal de Segurança Institucional (SMSI), para
denunciar a violência gratuita que eles teriam sofrido nas mãos de uma dupla da
Guarda Municipal (GM). Na sexta-feira do dia 13 de março, os irmãos relataram
que após serem revistados em blitz, na Avenida Antônio Vilhena, foram seguidos
pelos guardas.
Nessa dita perseguição, Eleoni Nascimento, de 21 anos, ajudante
de pedreiro, contou que estava pilotando sem capacete uma moto Honda Pop,
quando ao chegar perto do postinho de Saúde Liberdade, surgiu um dupla da GM que
chutou o guidom da moto dele, que o fez cair ao chão de peito.
O jovem ficou com parte do rosto deformada pelos inchaços e
cortes, que continuaram ao longo da frente do corpo.
Na versão da GM, o jovem teria caído sozinho, porque burlou
uma blitz.
Para o irmão, Francisco das Chagas, o depoimento que a
guarda municipal deu para a imprensa da cidade, afirmando que Eleoni estava
correndo dos guardas, se assustou e bateu num buraco, é pura invencionice.
“Lá não tem buraco. Quem quiser ir lá e vê onde derrubaram a
ele, vão perceber que não tem buraco nenhum como estão dizendo. Eu fui lá,
tirei fotos e fiz um vídeo da rua”, observa.
A rapaz pedreiro continua em casa sobre os cuidados dos
familiares, se recuperando da gravidade dos ferimentos. Como os lábios foram
muito castigados, ele ainda fala com pouco conforto e expressão.
Até o momento, há notícia de que a moto já foi encontrada no
pátio do Departamento Municipal de Trânsito e Transporte Urbano (DMTU).
Nenhum comentário:
Postar um comentário