SARAU DA LUA CHEIA - ARMA é palco de 25ª edição

Eduardo Castro declamou poema "Meus 8 anos", de Casimiro de Abreu

Hildebrando mais novo cantador do sarau

Maria Beatriz acompanhou a avó, escritora e cordelista Lusa
Silva, no evento. A adolescente recitou versos de Ademir Braz

Na noite de quinta-feira última (26) grande público participou da realização do 25 edição do Sarau da Lua Cheia, que ocorreu no salão da Associação dos Artistas Visuais do Sul e Sudeste do Pará (ARMA), situada na Rua Aquilino Sanches, Bairro Novo Horizonte. 

Segundo Ederson Oliveira, anfitrião do evento, é quinta vez que a ARMA tem a honra de abrir as portas para o encontro dos sarauistas.

"Nós temos essa marca de contribuir com a literatura e os movimentos culturais locais", ressalta.

Eliane Soares leu texto da Antologia publicada pela Academia de Letras do Sul e Sudeste do Pará (ALSSP), um poema do advogado e poeta Ademir Braz em homenagem a Charles Trocates, um dos líderes do Movimento Sem Terra no Pará.

Os idealizadores do sarau, Airton Souza e Eliane Soares, aproveitaram a oportuna presença do poeta Eduardo Castro, que preside a ALSSP e também a mais nova entidade, ALMA - Academia de Letras de Marabá, para homenagear a passagem literato.

George citou poema de Bruno Gaudêncio que enaltece
 o escritor mineiro João Guimarães Rosa

George Ayres recitou o poema intitulado "Guimarães Rosa", presente no livro Acaso  Caos de Bruno Gaudêncio. 

Quem principiou ainda tímida com tantos artistas foi a estudante do segundo ano médio, Esther Horsth de 15 anos. Ela fez a leitura de Carlos Drummond de Andrade e mesmo acanhada declamou os versos com beleza.

Outra adolescente que ganhou atenção do público foi a bela Maria Beatriz, que participou ao lado da cordelista Lusa Silva, uma das autoras da coleção Projeto Tocaiúnas. A pequena Beatriz deu voz a "Idílio rural", um texto da obra "Rebanho de Pedras e Esta Terra", cujo autor Ademir Braz assistiu emocionado.

A noite foi rica de cantadores. Pela primeira vez no sarau, Hildebrando Mateus, de 19 anos, natural de Marabá, surpreendeu a todos.

Esther entoa versos de Carlos Drummond de Andrade

O advogado e poeta Francisco  Duarte, bem como Javier Di Mar-y-abá.  também encantaram o público com suas notas e voz. 

Dona Creusa Salame leu "Espelhos", um texto lírico que faz parte do livro Sob as Luzes de Argos.

Por sua vez, Javier citou parte do romance escrito pelo mineiro, Bartolomeu Campos de Queirós, chamado "Vermelho Amargo".

O encontro foi marcado pela divulgação de ações voltadas para o aniversário de 102 de Marabá,  como Projeto Tocaiúnas 2, o lançamento da Antologia 100 poemas por Marabá e a realização no Cine Marrocos do mega show Mural Cultural, que ocorre nesta sexta-feira (27).