Populares recorrem à
imprensa para dar grito de indignação
São João Araguaia - FOTO: FERNANDO CUNHA - WIKIPEDIA |
Assombrosas denúncias de
nepotismo estão de volta. Esta semana, moradores de São João do Araguaia,
município situado na região sudeste do Pará, entraram em contato com a imprensa
local para revelar falhas na administração pública. Pedindo sigilo, eles divulgaram
que o atual gestor estaria usando “outro caminho” para favorecer a contratação
de parentes, nas esferas de trabalho.
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Segundo os populares, lá
todos já sabem que empregar pessoas da família é crime de nepotismo.
“E é o que acontece! Teve
um tempo atrás que bateram em cima disso aqui. Aí, a família do prefeito, como
não é besta, se colocaram como ‘voluntários’. E esses voluntários estão
recebendo pela prefeitura”, afirma um dos cidadãos indignados com o retorno do
abuso.
Na verdade, o antigo fantasma
estaria voltando em carne e osso. No ano de 2007, o Ministério Público Federal
(MPF) fez grande operação nos municípios do interior paraense, abatendo focos
de nepotismo. Naquele período, localidades como Itupiranga, São João do
Araguaia e Tucuruí já eram bastante citadas nos doloridos murmúrios que a
população fazia chegar aos ouvidos das autoridades.
Ainda na recente denúncia,
consta que o atual prefeito, João Neto (PTB), não conseguiu desenvolver nem um
projeto significativo.
“Quem entra na cidade vê
a falta de infraestrutura, de cara! Na entrada da cidade, o asfalto está cheio
de buracos. Os ônibus escolares às vezes sujos”, enfatiza um popular.
Além disso, os recursos
que seriam destinados para obras na cidade estão bancando a farra dos parentes
do gestor.
“Tão falando mais que
entrou um dinheiro do Fundeb, boa parte dele, foi desviada para a compra de uma
fazenda no valor de 3,5 milhões”, revela o grupo.
Futuro
incerto – Recentemente,
São João do Araguaia virou febre na mídia da região porque poderá sumir do
mapa, devido às instalações da Hidrelétrica que está sendo projetada para
Marabá.
A sede do município fica
próxima do rio Tocantins. A população estimada, em 2012, era de 13.293
habitantes, numa área de 1.301,739 km². Boa parte deste território receberá o
impacto. Seria o caso de um fim inevitável, no fundo rio, razão suficiente para
justificar os delitos mais uma vez? Espero que não!
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