Estudante entraram no figurino de época para encenar peça A escrava Isaura |
Grande público assistiu apresentações no pátio e nas salas |
Professor de matemática, Edmar Magalhães, orientou as crianças do 7º ano B acerca de ervas medicinais |
África Pré-Colonial foi abordada pelo 6º ano A, Tiago Moraes, Isabela de Souza, Daniele Brandão, Marília Sobrinho e Kemily Araújo. |
Ontem à noite
(1), a Escola Municipal Professora Josineide da Silva Tavares, situada no
Bairro Liberdade – núcleo Cidade Nova, realizou a 2ª Feira Cultural, um evento
que reuniu a comunidade estudantil e moradores da vizinhança, para prestigiarem
os trabalhos criados pelo alunado. Neste ano, a programação teve como base o projeto
“Africanidade: Que negro sou eu?” e colocou em relevo a importância da história,
arte e cultura dos povos de origem africana.
Nos estandes,
os estudantes de cada turma apresentaram, entre outras coisas, uma série de trabalhos
envolvendo danças, teatro, música, comidas e artesanato.
Segundo Luiz
Gonzaga de Almeida, diretor da escola, o Ministério da Educação (MEC) orienta
as escolas a estudar a influência do universo africano na formação do Brasil.
“O projeto
está baseado nas Diretrizes Curriculares Nacionais. O trabalho com a
africanidade trata da importância do negro para o Brasil e no mundo. Neste
evento, estamos resgatando a cultura do negro, que vai desde registros letrados
às manifestações de arte e religiões”, afirma.
O projeto
didático foi criado pelo corpo docente e também aproveita para enfatizar o mês
de novembro, já que no dia 20 comemora-se a “Consciência Negra”.
“Tudo está
relacionado ao negro que chegou ao Brasil como escravo, mas que teve uma
contribuição imensa para a construção do país e ainda tem muito mais”, pontua.
O projeto
didático passou por várias etapas, que vão da pesquisa até a confecção de
objetos. Os professores trabalharam temas em sala de aula, divididos com as
turmas, a fim de produzir materiais que pudessem ser apreciados pela
comunidade.
Grande
público veio conferir as atividades. A vasta programação possibilitou um
contato significativo com a cultura africana e seus desdobramentos ao longo dos
séculos. A encenação da peça teatral “A escrava Isaura”, é um exemplo disso.
Escrita no século 19, por Bernardo Guimarães, a história denuncia a escravidão.
O professor
de matemática, Edmar Magalhães, orientou as crianças do 7º ano B a trabalharem
as ervas medicinais. “Abordamos em especial as ervas medicinais. Há também alguns
chás que servem de alimento como erva doce, alecrim, de amora e capim santo”,
detalha.
O período da
África Pré-Colonial foi abordado pelos alunos do 6º ano A, Tiago Batista
Moraes, Isabela Moraes de Souza, Daniele Almeida Brandão, Marília de Almeida
Sobrinho, Kemily Araújo Lima.
Houve larga
visita por parte do alunado de outras unidades escolares. Também vieram ao
evento alunos da escola Liberdade, Wuidison Lima, Renato Araújo e Gabriel da Silva visitaram as
salas.
A Associação
de Capoeira Negrinho Siná, sob o comando do mestre Antônio Afonso, promoveu
momento a parte. Estilo de luta que mescla dança e arte de defesa atraiu
olhares.
Estudantes do
9º ano B relataram questões sobre a Liberdade. O professor, Paulo Cesar
Jadinski, acompanhou as equipes. A temática “Racismo” foi apresentada por Larissa
Silva, Lídia Barros, Caroline Miranda, Nara Cristina, Naiara Borges e Joyciane
Gouveia.
Daniela Araújo, Sheila Viana, Adriele Bastos, Daniele Rodrigues, Viviane Souza, Glenda Dinis, Irisleia Moura, Ítalo Pires e Paulo Machado confeccionaram cartazes de diversas leis que asseguraram os direitos dos negros. Já o processo de abolição do regime escravocrata, foi alvo das explicações de Jonas Henrique, Guilherme Henrique, Felipe Carvalho, Lucas de Sousa, Ketlin Kaenia, Caio Conceição, David Santos, Rafael Jales, Pedro Henrique e Douglas de Jesus.
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