MARIA ANTONIETA, RAINHA DA FRANÇA E NAVARRA*
Marcela Vasconcelos, 23 anos, estudante de Relações Internacionais |
Minha admiração por Maria Antonieta, Rainha da França e
Navarra, começou com meus catorze anos de idade. Desde então, acompanho
leituras e documentários a seu respeito. Quando planejei com a minha família a
viagem de final do ano para Europa, incluímos o Estado francês como uma das primeiras
opções para se conhecer. Assim que se confirmou a ida a Paris, sugeri de
imediato conhecer a cidade de Versalhes, a 17 km da capital francesa.
No terceiro dia de estadia na cidade luz, fomos todos
conhecer o Palácio de Versalhes, local onde viveram os monarcas da dinastia
Bourbon francesa, como Luís XIV, Luís XV, Luís XVI e sua esposa, a arquiduesa
austríaca e rainha da França e Navarra, Maria Antonieta Habsburgo de Bourbon.
No exato momento em que vi a imensidão do “Château”, construído a mando do Rei
Sol, fiquei extasiada, sem palavras, só pensava em apreciar aquela arquitetura
grandiosa e relembrar os principais fatos históricos ocorridos no palácio.
Cada passo dado no “Château” continha uma recordação, junto
a uma felicidade imensa por poder de fato presenciar algo que me fascinou por
tanto tempo, em minhas leituras. Naquele momento, pude vivenciar em “meu mundo”
os bailes dos reis, o dia-dia de Maria Antonieta, o protesto e a invasão dos
revolucionários, em 1789, e o famoso Tratado de Versalhes, que deu fim a
Primeira Grande Guerra Mundial.
Maria Antonieta foi uma nobre à frente de seu tempo,
dividiu-se entre a Delfina querida e amada e a rainha temida e odiada pelo seu
povo. Sua história foi distorcida pelos revolucionários, diversas mentiras foram
espalhadas por todo Estado gaulês, como acusação de bruxaria e incesto com seu
filho. Sua frase mais famosa: “Se não tem pão que comam brioches”, não era de
autoria da nobre austríaca. Historiadores da atualidade desmentiram tal
pronunciamento da rainha. A revolução sangrenta (Revolução Francesa), com
princípios de "liberdade, fraternidade e igualdade" ilusórios,
fomentados pela burguesia sedenta pelo poder, julgaram a rainha e a condenaram
à guilhotina por traição.
Por fim, ela foi a última rainha da França. No dia 16 de
outubro de 1793, às 12:15, vestindo roupas simples, Maria Antonieta foi
guilhotinada. Seu corpo foi jogado em uma vala comum, no cemitério de La
Madeleine.
Muitos acham engraçado por eu gostar tanto de história, do
continente europeu. Quem me conhece de fato sabe que eu sou, acima de tudo, uma
amante da história que conserva os princípios morais e éticos ocidentais. A
visita em Versalhes foi um momento único para mim, o que senti foi
indescritível. Só quem sabe entende o que estou sentindo. Viajar é sinônimo de
inovação, compreensão e conhecimento da história e cultura.
* Texto de Marcela Vasconcelos, 23 anos, estudante de
Relações Internacionais. Residiu em Marabá e concluiu ensino médio no Colégio
Adventista de Marabá, em 2005.
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