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segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

SECRETARIA DE URBANISMO - Estre, empresa responsável pela limpeza da cidade, tem até 31 de janeiro para evitar perda do contrato


Novo secretário pede parceria entre garis, população, empresários e imprensa






















Nesta segunda-feira (29), durante entrevista coletiva no prédio da Secretaria Municipal de Urbanismo, situado na Folha 26, ao lado do Edifício Amazon Center, Claudio Luis Feitosa, que assumiu a direção no início de dezembro, apontou novas medidas e soluções para o problema da coleta do lixo público. Além de promover a campanha “Jogando limpo com Marabá”, programada para janeiro de 2015, o secretário colocou em relevo que a empresa responsável pela limpeza da cidade, Estre SPI Ambiental, tem apenas um mês de contrato para demonstrar eficiência, a fim de não perder o contrato milionário com a prefeitura de Marabá. 
Nesse pequeno período, a direção do Urbanismo avaliou o quadro da cidade, e julgou necessária uma cooperação entre a população, a empresa e as mídias locais para mudar de vez o problema da sujeira, que é o mais comum entre as cidades que buscam ser sustentáveis.
Claudio Feitosa iniciou a conversa ressaltando a fase de reestruturação do órgão, que vai deixar de se chamar Secretaria Municipal de Serviços Urbanos. Embora não tivesse sido desativado, os serviços vinculados a ele estavam dispersos em várias secretarias, portanto, foi necessária uma reforma administrativa.
“Estamos reformatando. O código de postura, por exemplo, estava na Secretaria de Segurança Institucional. Áreas verdes, às vezes era a Secretaria de Meio-Ambiente que cuidava, outra hora a Secretaria de Obras ou a Secretaria de Agricultura. Paisagismo e arborização da cidade está com o Urbanismo”, pontua.
O contrato com a Urbeluz, empresa terceirizada que presta atendimento na iluminação pública, passa a ser fiscalizado pela direção do Urbanismo. E, do mesmo modo, as questões voltadas ao transporte coletivo, paradas de ônibus e linhas de tráfego.
Em seguida, Cláudio Feitosa enfatizou a situação crítica em que atual empresa de limpeza se encontra.            
Segundo o secretário, a Estre não tem apresentado a devida competência e eficiência, uma vez que assumiu o contrato da Leão Ambiental, desde o período de transição do governo Maurino Magalhães para a gestão João Salame.
“Nós identificamos que os dois principais problemas da cidade são a limpeza urbana e rural, sendo que no perímetro rural passou a ser feita de forma sistemática e o nível de reclamação caiu absurdamente. Na zona urbana, infelizmente, passado dois anos de tentativas para que a empresa faça um ajuste, a conclusão a que chegamos é que o serviço da Estre está muito abaixo do necessário. E muito caro”, detalha.  
Em média, Marabá gasta entre 1 milhão e 900 mil e 2 milhões e 200 com a terceirizada, e quando se faz uma avaliação de custo-benefício, a cidade sai perdendo.
Pela a lei, a prefeitura ainda pode renovar o contrato de serviço por mais dois anos.
Uma nova empresa assumiu a Estre e caso não se adeque às exigências, reduzir o preço do serviço e melhorar a qualidade, o secretário pretende suspender a relação.
“Em outubro, a Estre vendeu os contratos que eram da Leão Ambiental para um outro grupo econômico, pertencente a dois empresários. E um deles nos procurou querendo renovar o contrato. Então, resolvemos renovar por um mês. Enquanto isso, nós já vamos procurar todas as condições, ou para substituir essa empresa, ou nós assumirmos a coleta”, ressalta.
O novo contrato dura até 31 de janeiro.

FISCALIZAÇÃO DOS LIXÕES
De acordo com o levantamento efetuado na gestão de Feitosa, Marabá tem mais de uma centena de locais em que a população faz despejo de resíduos sólidos. Contudo, há um grupo de 20 pontos críticos onde os lixões se formam de maneira mais avassaladora.
O secretário levou em conta que, quando os populares perdem a confiança no serviço da empresa, acabam buscando esse caminho errado de solução. Mas, mesmo em lugares em que tem se mantido a regularidade da coleta, muitos cidadãos não colaboram.
“Então nós vamos colocar fiscais de dia e até de noite. Nós já começamos a controlar um que tem aqui no Km 6.
“Então, todo esse processo demanda um certo tempo. A gente tem absoluta confiança de que vamos resolver o problema do lixo na cidade”, cita.


JOGANDO LIMPO COM MARABÁ
A campanha pretendida pela Secretaria de Urbanismo visa uma nova fase de conscientização ecológica para Marabá.
Conforme Feitosa, para saber trabalhar os resíduos sólidos tem que se educar em duas frentes, tanto os moradores quanto os empresários, sobretudo, donos de açougues, supermercados, mercadinhos e borracharias. 
Para isso, acredita na contribuição das rádios, TVs locais e jornais impressos.
“É evidente que ainda temos que colocar mais publicidade nas ruas. A cidade precisa trabalhar em cima de um objetivo. Sair de uma cidade que é muito suja para uma cidade que tem gestão controlada, até chegar numa que seja realmente limpa”, afirma.
Além disso, os advogados da entidade estão produzindo um projeto de lei para a modernização do código de postura. Quando os trabalhos da Câmara Municipal de Marabá retornarem, pretende-se, dentre outras coisas, majorar os preços das multas para aqueles que infringem as determinações do código.

MEDIDAS PARA 2015
Chamar os ambulantes em janeiro para regularizar seus espaços de trabalho.
Abrir dois telefones para os moradores poderem pedir serviço de coleta.
A empresa vai dispor em cada bairro os próprios varredores.
Modernização do código de postura.
Limpeza da margem dos rios.


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