Nesta
segunda-feira (29), durante entrevista coletiva no prédio da Secretaria
Municipal de Urbanismo, situado na Folha 26, ao lado do Edifício Amazon Center,
Claudio Luis Feitosa, que assumiu a direção no início de dezembro, apontou
novas medidas e soluções para o problema da coleta do lixo público. Além de
promover a campanha “Jogando limpo com Marabá”, programada para janeiro de
2015, o secretário colocou em relevo que a empresa responsável pela limpeza da
cidade, Estre SPI Ambiental, tem apenas um mês de contrato para demonstrar
eficiência, a fim de não perder o contrato milionário com a prefeitura de
Marabá.
Nesse
pequeno período, a direção do Urbanismo avaliou o quadro da cidade, e julgou necessária
uma cooperação entre a população, a empresa e as mídias locais para mudar de
vez o problema da sujeira, que é o mais comum entre as cidades que buscam ser
sustentáveis.
Claudio
Feitosa iniciou a conversa ressaltando a fase de reestruturação do órgão, que
vai deixar de se chamar Secretaria Municipal de Serviços Urbanos. Embora não
tivesse sido desativado, os serviços vinculados a ele estavam dispersos em
várias secretarias, portanto, foi necessária uma reforma administrativa.
“Estamos
reformatando. O código de postura, por exemplo, estava na Secretaria de
Segurança Institucional. Áreas verdes, às vezes era a Secretaria de
Meio-Ambiente que cuidava, outra hora a Secretaria de Obras ou a Secretaria de
Agricultura. Paisagismo e arborização da cidade está com o Urbanismo”, pontua.
O contrato com
a Urbeluz, empresa terceirizada que presta atendimento na iluminação pública,
passa a ser fiscalizado pela direção do Urbanismo. E, do mesmo modo, as
questões voltadas ao transporte coletivo, paradas de ônibus e linhas de
tráfego.
Em seguida,
Cláudio Feitosa enfatizou a situação crítica em que atual empresa de limpeza se
encontra.
Segundo o
secretário, a Estre não tem apresentado a devida competência e eficiência, uma
vez que assumiu o contrato da Leão Ambiental, desde o período de transição do
governo Maurino Magalhães para a gestão João Salame.
“Nós
identificamos que os dois principais problemas da cidade são a limpeza urbana e
rural, sendo que no perímetro rural passou a ser feita de forma sistemática e o
nível de reclamação caiu absurdamente. Na zona urbana, infelizmente, passado
dois anos de tentativas para que a empresa faça um ajuste, a conclusão a que
chegamos é que o serviço da Estre está muito abaixo do necessário. E muito
caro”, detalha.
Em média,
Marabá gasta entre 1 milhão e 900 mil e 2 milhões e 200 com a terceirizada, e
quando se faz uma avaliação de custo-benefício, a cidade sai perdendo.
Pela a lei,
a prefeitura ainda pode renovar o contrato de serviço por mais dois anos.
Uma nova
empresa assumiu a Estre e caso não se adeque às exigências, reduzir o preço do
serviço e melhorar a qualidade, o secretário pretende suspender a relação.
“Em outubro,
a Estre vendeu os contratos que eram da Leão Ambiental para um outro grupo
econômico, pertencente a dois empresários. E um deles nos procurou querendo renovar
o contrato. Então, resolvemos renovar por um mês. Enquanto isso, nós já vamos
procurar todas as condições, ou para substituir essa empresa, ou nós assumirmos
a coleta”, ressalta.
O novo
contrato dura até 31 de janeiro.
FISCALIZAÇÃO
DOS LIXÕES
De acordo
com o levantamento efetuado na gestão de Feitosa, Marabá tem mais de uma
centena de locais em que a população faz despejo de resíduos sólidos. Contudo, há
um grupo de 20 pontos críticos onde os lixões se formam de maneira mais
avassaladora.
O secretário
levou em conta que, quando os populares perdem a confiança no serviço da
empresa, acabam buscando esse caminho errado de solução. Mas, mesmo em lugares
em que tem se mantido a regularidade da coleta, muitos cidadãos não colaboram.
“Então nós
vamos colocar fiscais de dia e até de noite. Nós já começamos a controlar um
que tem aqui no Km 6.
“Então, todo
esse processo demanda um certo tempo. A gente tem absoluta confiança de que
vamos resolver o problema do lixo na cidade”, cita.
JOGANDO
LIMPO COM MARABÁ
A campanha
pretendida pela Secretaria de Urbanismo visa uma nova fase de conscientização
ecológica para Marabá.
Conforme
Feitosa, para saber trabalhar os resíduos sólidos tem que se educar em duas
frentes, tanto os moradores quanto os empresários, sobretudo, donos de
açougues, supermercados, mercadinhos e borracharias.
Para isso,
acredita na contribuição das rádios, TVs locais e jornais impressos.
“É evidente
que ainda temos que colocar mais publicidade nas ruas. A cidade precisa
trabalhar em cima de um objetivo. Sair de uma cidade que é muito suja para uma
cidade que tem gestão controlada, até chegar numa que seja realmente limpa”,
afirma.
Além disso,
os advogados da entidade estão produzindo um projeto de lei para a modernização
do código de postura. Quando os trabalhos da Câmara Municipal de Marabá
retornarem, pretende-se, dentre outras coisas, majorar os preços das multas
para aqueles que infringem as determinações do código.
MEDIDAS PARA
2015
Chamar os
ambulantes em janeiro para regularizar seus espaços de trabalho.
Abrir dois
telefones para os moradores poderem pedir serviço de coleta.
A empresa
vai dispor em cada bairro os próprios varredores.
Modernização
do código de postura.
Limpeza da
margem dos rios.
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