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segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

PROTESTO NA DÍNAMO - Por questão salarial, dezembro começou com manifestação em prédio da empresa que presta serviço à Celpa

Cerca de 300 funcionários se sentem lesados























Ontem (1), um protesto realizado por funcionários da Dínamo Engenharia, empresa que presta serviços para a Celpa (Centrais Elétricas do Pará), paralisaram a manhã de trabalho em um dos prédios da empresa, situado às proximidades da Fábrica da Coca-Cola, na Folha 18. O local é considerado a base de serviços da empresa, onde fica a garagem, equipamentos e equipes de operação.
O motivo do atrito teria ocorrido porque a Dínamo não cumpriu acordo de remuneração com os profissionais, cerca de 300 pessoas que desempenham diversas funções.
De acordo com alguns funcionários, que pediram anonimato, os dirigentes da prestadora de serviços não cumpriram o pagamento do dissídio, um tipo de acordo coletivo que resulta de decisão entre empresa, sindicato e trabalhadores. Neste caso, seria um aumento de 10% o acerto feito entre as partes e que não foi honrado.   
O dissídio tem a ver com os aumentos e valores que o salário deve ter uma vez ao ano. Cada aumento salarial é concedido com base em uma margem de aumento, negociado pelas diferentes categorias sindicais. Conforme a lei, o sindicato possui direito de acionar a Justiça do Trabalho, caso o acordo firmado não seja cumprido em sua totalidade.
Ainda de manhã, houve reunião com representantes dos funcionários e responsáveis pela empresa terceirizada, a fim de que chegassem a um acordo ou, pelo menos, fossem informados sobre quando os empregadores vão resolver essa pendência. Porém, nada ficou acertado.
Os trabalhadores pretendem efetuar segundo protesto, só que desta vez em frente à agência da Dínamo, um prédio em que funciona a base administrativa, localizado na Nova Marabá. Isso pode acontecer caso não haja nenhum diálogo, para que as leis trabalhistas sejam honradas.  
A reportagem buscou contatar a empresa pelos fones disponibilizados em suas páginas virtuais. No entanto, não houve atendimento.





  
COMO FUNCIONA O DISSÍDIO?
O trabalho no Brasil nem sempre é valorizado com salários dignos e por isso os sindicatos trabalhistas atuam com força em prol de melhorias salariais e projetos que beneficiam os trabalhadores.
O dissídio, apesar de ser muito famoso entre diferentes classes trabalhistas, nem sempre é compreendido por completo e muitas pessoas ficam na dúvida em relação aos cálculos e como funciona o processo de liberação.
Para calcular, é necessário verificar junto à categoria profissional que possui um sindicato específico, qual foi o acordo firmado e a porcentagem de aumento estabelecido perante a Justiça de Trabalho. O empregador deve avisar aos seus funcionários o valor acordado e a data que o aumento será realizado por intermédio de materiais de comunicação dentro da empresa.
Se o aumento de uma classe de metalúrgicos foi de 7%, por exemplo, baseando-se que o empregado recebia R$ 1.000,00, com o dissídio ele passaria a receber R$1.070,00;
É fundamental saber que se a empresa, antes do aumento do dissídio tiver realizado por vontade própria um aumento para o funcionário, ela pode abater o valor que já foi pago na porcentagem do dissídio, ou até mesmo não realizar mais nenhum aumento, caso o seu aumento antecedente ao dissídio seja maior ou igual do que o valor estabelecido no acordo.

Assim sendo, se a empresa aumentou o salário de um funcionário em 5% e na data do dissídio o acordo ficou em 7%, nesse caso a empresa só precisará pagar 2% do dissídio. Ou se a empresa tiver aumentado o salário do funcionário em 7% antes do dissídio, ela fica isenta, pois já atingiu o valor estabelecido. 

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