Em Piçarra, sem asfalto, carros e caminhões esperam vez |
Velho fantasma das chuvas aterroriza, causando atoleiros e congestionamentos
em escala amazônica, entre Piçarra e São Geraldo do Araguaia
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As chuvas despontam, neste final
de ano, e com elas um drama que atravessa os séculos continua. Na chegada do
inverno, os diversos problemas que as estradas e rodovias do Pará possuem são
agravados com as torrentes, que estão só começando. Carros e caminhões, seja a
passeio, seja a serviço, não conseguem efetuar as viagens com tempo e qualidade
que gostariam de ter. Principalmente nos perímetros em que o asfalto permanece
apenas como promessa de governo.
Nos trechos, que não poucos,
utilizados pelas empresas de transporte, os motoristas já estão enfrentando as
velhas dificuldades do atoleiro e congestionamento em escala amazônica.
Até os pequenos perímetros de terra prejudicam a corrida.
Ainda na segunda-feira (22), o motorista, Adriano Carmino, levou
carga da empresa em que trabalha, tendo que percorrer mais de 60 quilômetros, de
Marabá até a localidade de Cajazeiras, vila que pertence ao município de
Itupiranga, pela BR-230.
Segundo ele, o asfalto termina faltando cerca de 5 km para chegar
em Cajazeiras, espaço que se torna um pedacinho de terra difícil de trafegar.
“No lugar aonde parou o asfalto, a gente já vê os problemas.
Depois, segui em sentido a Novo Repartimento”, afirma.
Agora, quando toda a passagem é pura terra bruta, o mal
centuplica. É nesta situação que trabalha o caminhoneiro, Waney Costa da Silva,
que precisou efetuar carregamento entre os municípios, São Geraldo do Araguaia
e Piçarra.
Devia ser, do mesmo modo, apenas 60 quilômetros de viagem. Porém,
assim como centenas de condutores, Silva só conseguiu passar graças à ajuda de
tratores.
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